Há muito tempo…
Uma bola de capotão e um pequeno espaço próximo onde hoje é o teatro Dominguinhos, surgiu o primeiro campinho de futebol de Ji-Paraná que, na época, nem se chamava ainda vila de Rondônia. Isto aconteceu na década de 50. João Padeiro, que trabalhava com o Velho Sergipe, que ainda está vivo e mora duas casa abaixo do hotel Amiguinho, coordenou a primeira competição de futebol. Era o auge do garimpo de diamante no rio Machado.As duas equipes eram formadas por garimpeiros, seringueiros e o pessoal que trabalha na central de rádio-telex onde hoje é o Museu das Comunicações Marechal Rondon.
Vila Nova e Vera Cruz
Anos mais tarde, já no final da década de 60, Vila de Rondônia tomava forma de lugarejo e as peladas – partidas de futebol aos finais de semana, eram constantes.Copão da Amazônia
Na década de 70, Vila Nova e Vera Cruz eram, o que podemos chamar, de uma equipe de futebol. Jogo de camisa, local para treinar e até uns trocados pela participação de alguns jogadores na equipe. O sonho era poder participar do Copão da Amazônia – uma grande competição de futebol amador que reunia os estados da região Norte.Rivais
Moto Clube, Ferroviário, Flamengo e Botafogo eram os clubes da capital. Nascia aí uma rivalidade com Ji-Paraná que também, durante muito tempo, teve uma rivalidade infernal com o futebol de Ouro Preto. Lá haviam equipes como o Bangu, Industrial e Aciop.
Futebol profissional
Na década de 80 foi o auge do Copão da Amazônia, que deixou de ser algo importante com a chegada do futebol profissional.Nasce o Jipa
Começa aí a trajetória do Ji-Paraná Futebol clube que, com menos de um ano de fundação, já havia papado dois títulos do campeonato rondoniense.
Papão do Brasil
Esse passado de glória foi destaque na “Revista Placar”, que na época publicou a matéria “Ji-Paraná, o maior papão do mundo”.
Arapongas, Joélson, Cezar, Jaú, Oliveira, Cebola, Anísio, Lindomar, Ademirzinho, Gersinho, Fábio, Da Costa e Itamar são os heróis da primeira e segunda conquistas.Os técnicos da primeira conquista foram Toninho Pastor e Toninho Funari, que assumiu na fase final do primeiro estadual.Heróis
A primeira vez que o Ji-Paraná foi campeão, a população foi receber o time campeão na entrada da cidade – em frente à Madeireira Urupá. Foram dois dias de festa. Itamar e Da Costa foram os heróis daquela competição.Grana
Por trás das glórias e títulos alcançados pelo Ji-Paraná, existe uma história terrível quanto à saúde financeira do clube. (melhor seria dizer: doença econômica). Todo ano é uma novela garantir o pagamento dos jogadores.Existiram situações terríveis, como jogado ter que passar o Natal, Ano Novo e carnaval em Ji-Paraná para receber o salário. Outros estão até hoje sem receber. Casos que estão na Justiça Trabalhista.Figuras que contribuíram
O Ji-Paraná já teve como presidente bolero, bicheiro, político, desportista, aventureiro, madeireiro e até dono de funerária. Mas, independente disso, a torcida nunca deixou de demonstrar o amor pelo Galo da BR.
Situação atual
Após uma longa crise, que resultou até no rebaixamento da equipe para a segunda divisão do Campeonato Rondoniense, a equipe do Ji-Paraná passou por uma reestruturação que deu grandes resultados. Em 2010, o clube se sagrou Campeão Rondoniense sub-18, título inédito para o clube. Em 2011, se tornou bi-campeão sub-18 e campeão da segunda divisão, retornando à elite do futebol rondoniense.
2012 foi o ano da redenção. Com a equipe tendo destaque a nível nacional em sua participação na Copa São Paulo de Futebol Júnior. Além disso, a equipe se sagrou campeã Rondoniense pela 9ª vez, após um período de 11 anos.
No ano de 2016, Paulo Moura é eleito presidente do Ji-Paraná Futebol Clube, com o objetivo de reformular toda a gestão da equipe, além de modernizar e estruturar o clube como um todo.
Em 2017 é lançado o programa sócio-torcedor, um marco na história do Galo da BR, permitindo que a sua grande e fanática torcida possa ajudar a impulsionar o maior campeão do Estado de Rondônia.